domingo, 29 de novembro de 2015

Quase um anjo!

Ela tinha os olhos azuis como o mar.
Os cabelos alaranjados como o por-do-sol.
Os lábios mais vermelhos que cerejas.
A pele de porcelana mais branca que a neve;
E eu podia encontrar pequenas sardinhas em suas bochechas;
As contava com os meus dedos, enquanto olhava ela se concentrar.
Meu Deus! Era quase um anjo!
Falava em tom de Sol maior, seu timbre - uma poesia.
A voz mais macia me ligava, ganhava o dia, ou a semana...
Poderia pintar um quadro inspirado por suas cores,
Poderia escrever uma canção lembrando dos seus gemidos,
Poderia pensar em um dia fazê-la ser minha,
Apenas poderia, mas já sei que vou tropeçar.
Sonhei demais, Pensei demais...
Ela se foi!

sábado, 28 de novembro de 2015

Sobre fins

Até aqui alguns anos, alguns "sims", alguns "nãos"... Alguns fins!
Talvez é preciso aceitar que para crescer é preciso que existam recomeços e, estes, só são possíveis como consequência de um fim.
E na falta de gosto por decidir algo, perco um pouco de cor, mas aprendo que de pouco a pouco tudo volta ao normal.
Seria melhor deixar estar, fluir, esperar, mas isso seria um crime que cometo contra mim! E está tudo tão bem que às vezes parece que não houveram turbulências, mas quando a chuva desce, amor... Ela carrega os alicerces.
Uma pena! Uma pena faltar simplicidade!
Os rasgos, meu bem, espero que alguém um dia te ajude a costurar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Fui tentar escrever...

Fui tentar escrever,
Não achei a caneta, o papel acabou
Liguei o PC, a tela apagou,

As frases sumiram,
desaprendi a rimar,
As palavras fugiram,
pra onde será???

Eu poderia tentar entender
o que aconteceu comigo
mas o silêncio tem sido virtude
escute só, querido amigo...

Quando muitos falam a mesma coisa ela se torna irrelevante, tudo é inútil.
Às vezes o melhor é não ter nada a falar,
nada a escrever, nada a se cansar - AGIR, quem sabe!?

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Outflow

Estou com medo de escrever, de falar, de sentir demais...
Medo de exagerar, de imaginar, construir vontades, mas também medo de perder coisas, pessoas, amizades, histórias. Eu não gosto de me privar... parece que fico enjaulada e me sinto como daquela última vez que me senti assim. Não foi nada agradável.
Apesar do medo, estou escrevendo porque esta é a única terapia que funciona pra mim, já dizia Dona Graciela: "Você deveria escrever um livro". Naquele tempo aprendi que pra olhar pra dentro é preciso coragem. As longas conversas naquela pequena salinha com o tapete mais felpudo que já vi na vida me fizeram lembrar de tudo que aprendi com aqueles 50 minutos semanais - Eu preciso aprender a viver comigo! A controlar meus sentimentos... saber me amar mais. Mas é que parece tão difícil pensar em mim quando estou amando qualquer outra coisa... parece insuportável não conseguir o que quero, não conseguir ser suficiente pra fazer alguém me escolher, parece mais difícil ainda escrever ou dizer qualquer coisa sem parecer que quero me fazer de vitima.
Algumas frases que saíram das bocas das pessoas mais próximas foram as que mais me feriram. O pior - saber que elas estão mesmo certas!
Eu juro que parei pra refletir! A culpa não está em um ou outro amor, em fulano ou ciclano, está no todo. Há muito tempo estou tentando cicatrizar uma ferida, passar "Mertiolate"... mas a sensação que dá é que quanto mais eu cutuco, mais a ferida abre. Eu sinceramente não consigo encontrar os meus erros. Eu nem sei dizer se fui eu que errei!
Sabe... já faz um bom tempo que essas coisas não vêm à tona. Mas eu já devia saber que alguns baques são maiores que outros. E, sinceramente... eu acho que já escondi demais que preciso parar um pouco! Tudo tem parecido tão perfeito... mas só eu sei que aqui dentro nada realmente funciona como deve. Um só estalo e parece que todo furacão está de volta... e os sintomas daquele monstro, a falta de memória, e a falta de vontade. Eu me pergunto, ser inteiramente eu basta?
Talvez eu saiba do que preciso, acho que já tomei algumas doses de cura. O problema é... Essa cura tem livre arbítrio!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Flashback

Dizem que você só sente algo na mesma proporção uma vez, mas só dizem... Algumas coisas têm me feito lembrar de um tempo atrás - a sensação de estar de mãos atadas, de não poder fazer ficar tudo bem com as coisas que você precisa que fique tudo bem.
Sabe... não existe paz em nada quando não consigo costurar os rasgos. Parece que eles ficam ali... abertos, deixando passar tudo. A vontade das coisas escorrem como água indo para o ralo e aí eu fico procurando alguma coisa que acenda minha vontade de novo. Porque sou assim, movida a sentimentos. Se as coisas esfriam não existe mais combustível pra seguir em frente até que surja algo novo...
É uma pena que existam tantos desencontros... mas sabe, ficaria tudo bem se algum dia eu te encontrasse por aí - sem machucar os pés nas pedras do caminho!