segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Silhueta

Da vidraça eu via pela primeira vez a silhueta
E a curiosidade assombrou meu pensamento
As cordas que eu ouvia da canção mais bela
Era tudo tão bom, mas foi só questão de tempo

e desde então o vento fala toda vez que eu abro a janela
fecho as cortinas, nos bastidores, deixo queimar mais uma vela
eu olho seus olhos e fujo porque sei onde estou a me arriscar
escorreguei entre teus dedos, lá estava o meu pesar

este anel é sinal de que vivo uma história injusta
será que se te proponho a loucura, pouca idade te assusta?  
Que desarme teus braços, quando é que a vida é fácil?
Se entregares teus beijos pra mim, verás o quanto amor é frágil.

E quem é que precisa saber? E quem é que precisa falar?
Se pra te ter é preciso esconder, do meu corpo você pode abusar.