domingo, 20 de julho de 2014

Enlouquecendo

Andei desarmando minha alma
esquecendo o relógio, abaixando as guardas,
despindo o poeta e invertendo paisagens
da janela do quarto, da varanda no alto
vou deixando ir embora cada pedaço
de várias metades, e as não verdades

E as várias vozes que ecoam, que cantam, me encantam
e depois, ah! E depois faço calar
e toda paixão que é fogo, queima, arde e se apaga
as lembranças às vezes perturbam, mas passa
passa porque já não me traz nada, e o que nada traz
nada é, nada vira, nada faz viver

procuro então no vento, na emoção, na velocidade
as respostas das questões que nem existem
e a minha loucura se mostra, vontade maluca de intensamente ver
endoidecendo, enlouquecendo, querendo,
e bem que seria melhor se fosse com você